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Desenvolvimento

Python – alguns fundamentos básicos

No artigo anterior “Como aprender a programar praticando.” resolvi passar uma pequena dica de exemplo para quem quer aprender a programar, no caso na linguagem Python3. Fiz um pequeno script para calcular o valor de ‘x’ usando a famosa regra de 3, para isso, usei alguns fundamentos básicos de qualquer linguagem de programação e caso você seja iniciante neste mundo, este artigo é para você, pois tentarei aqui explicar quais foram os conceitos utilizados neste pequeno script.

Um detalhe a ser observado aqui é que ambos os artigos partem do princípio de que você já tenha o Python3 instalado em seu computador, mas caso ainda não o tenha, você pode ver como instalar e controlar várias versões do Python em seu sistema com o Pyenv.

Caso necessário, posso também fazer um tutorial de como instalar o Python do zero em sistemas Linux e Windows, se quiserem, deixem seu comentário ao final do artigo, afinal sem muitas pretenções quero aqui lhe ajudar a aprender a programar usando a linguagem Python de uma forma descontraída, então seu feedback é muito importante.

Strings em Python

‘string’ é um tipo (ou classe – veremos isso mais tarde) fundamental em diversas linguagens de programação, no caso de Python, que é uma linguagem de alto nível fica fácil criarmos e manipularmos strings que na verdade são cadeias de caracteres. Vamos ver o código do artigo anterior para podermos identificar o que é uma string:

a = float(input('Digite a variável a: '))
b = float(input('Digite a variável b: '))
c = float(input('Digite a variável c: '))

x = (c * b) / a
print(x)

Como podemos observar no código acima, nas linhas 1, 2 e 3 temos exemplos de strings: tudo o que está entre aspas simples ou duplas (”) são strings dentro do Python, no caso os textos abaixo não passam de strings, ou seja: ‘cadeias de caracteres’ dentro do Python:

‘Digite a variável a:’

‘Digite a variável b:’

‘Digite a variável c:’

Uma string, por se tratar de uma cadeia de caracteres, não passa de um texto, portanto pode conter letras, números, caracteres especiais, símbolos, etc…

No caso específico dessas primeiras strings usadas no script, elas estão sendo usadas com objetívos específicos e as estamos manipulando justamente para que o programa nos atenda da forma que desejamos. Vamos analisar a linha 1 em detalhes para que tais fundamentos sejam explicados:

Variáveis em Python

Começamos a linha 1 do script com a letra ‘a‘, que aqui faz a função de ser uma variável.

Variáveis são um dos recursos mais básicos das linguagens de programação. Utilizadas para armazenar valores em memória, elas nos permitem gravar e ler esses dados com facilidade a partir de um nome definido por nós.

Em programas mais complexos, variáveis devem ser declaradas de forma que seja possível identificar sua utilidade em um primeiro olhar, o exemplo deste nosso primeiro script não é nada correto se formos analisar corretamente, porém eu decidi fazê-lo assim por tratar-se de um script muito simples.

Exemplos de variáveis em Python

name = 'Alexsandro Felix'
age = 42
wheight = 70.1

No código acima, foram declaradas 3 variáveis: name, age e wheight. Sim, eu prefiro declarar minhas variáveis em inglês, me julguem…

A primeira variável: name é exatamente do tipo string, que expliquei anteriormente: um texto, ou uma cadeia de caracteres. Eu também poderia tê-la declarado entre aspas duplas, o efeito seria o mesmo.

A segunda variável: age (idade) é do tipo int, ou seja: um número inteiro. Números inteiros em Python são virtualmente ilimitados, seu tamanho dependerá até o limite de memória disponível. Eles podem ser positivos, negativos ou zero.

A terceira variável: wheight (peso) é do tipo float – também conhecida como número de ponto flutuante, nossos populares números com casas decimais, só lembrando que em Python usamos o ponto ‘.’ para separar as casas decimais, e não a vírgula como geralmente escrevemos.

Números inteiros são escritos geralmente em sua forma literal, exatamente como declaramos na variável age deste código de exemplo, porém, podemos também podemos declará-los usando a função int(), como fizemos em nosso script da regra de três do artigo anterior, observem novamente que na linha 1, onde definimos a variável ‘a’, logo após o sinal de igual ‘=’ (simbolo usado para atribuição em Python temos a função float():

a = float()

Ou seja, tudo o que estiver dentro dos parênteses do float será interpretado pelo Python como sendo um número de ponto flutuante. Mas dentro desta mesma função float() ainda temos uma outra função: input().

Dentro da função input() nada mais temos do que uma string: ‘Digite a variável a: ‘.

Tá…, mas que confusão toda é essa?

Talvez a didática ainda não esteja da forma ideal, mas espero ir melhorando aos poucos. Por isso novamente peço seu feedback para saber em que posso melhorar; por favor entre em contato comigo em caso de qualquer dúvida e/ou sugestão.

Apenas na primeira linha de nosso pequeno script, já fizemos muita coisa, vamos recapitular:

  • Declaramos a variável a;
  • Atribuimos, com o sinal de igual ‘= ‘ um valor à variável a, porém não o especificamos ainda, estamos fazendo uma interação com o usuário aqui…
  • Informamos que o valor da variável a deverá ser interpretado como do tipo float, ou seja: um número não inteiro…, decimal, para isso usamos a função float();
  • Finalmente estamos fazendo a parte de interação com o usuário, pois a função input() espera que o usuário entre com qualquer valor aqui, e para que o usuário saiba o que fazer, usamos aqui uma string para exibir o texto: ‘Digite a variável a: ‘, que será exibido na tela assim que o script for executado.

Desta forma, qualquer coisa que o usuário digitar será interpretado como sendo um valor do tipo float e será atribuido à variável a. O mesmo serve para as linhas 2 e 3, que receberão respectivamente os valores para as variáveis b e c.

Em meus estudos de Python3, e que também é uma das fontes que estou usando para compartilhar este conteúdo aqui com vocês é o livro: ‘Python: Escreva seus primeiros programas‘, que recomendo muitíssimo, principalmente porque a didática do mesmo é muito melhor que a minha, 😉

Existe um movimento na comunidade de programação que diz que você deve aprender uma nova linguagem por ano. Isso faz com que você estude novos conceitos e práticas, melhorando a forma como você trabalha no dia a dia. Mas qual será a sua próxima linguagem?

Python é a principal linguagem de programação utilizada no Google e repleta de funcionalidades interessantes. Neste livro, Felipe Cruz vai introduzi-lo ao Python 3, a versão mais atual, mostrando seu funcionamento, sintaxe, manipulação de arquivos, tratamento de exceções, estruturas de dados, a biblioteca padrão e tudo o que você precisa saber para começar a programar nessa linguagem.

Espero que este artigo lhe tenha sido util, prometo que aos poucos irei melhorando minha didática para passar a você diversas dicas e conceitos para que o objetivo de aprender a programar em Python seja alcançado da melhor forma possível.

Felix

Residindo atualmente na cidade de Cascavel, no oeste do Paraná. Já dei aulas de informática, trabalhei com Hardware, redes, fui analista de suporte, aprendi SEO e mídias sociais e também programação. Faço um pouco de tudo, mas não sou especialista em nada, por isso estou sempre estudando e tentando evoluir. Com isso vou compartilhando aqui um pouco do que vou aprendendo no dia a dia.

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